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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Invictus e Mandela, inspiração e liderança que uniram uma nação



Invictus é o nome do filme estrelado por Morgan Freeman e Matt Damon e dirigido por Clint Eastwood. É também  o título de um poema do poeta inglês William Ernest Henley, que foi o inspirador de Mandela na prisão e de  François Pienaar (capitão da equipe do time Springboks de rugby) durante a Copa do Mundo de Rugby em 1995.

Freeman representa Nelson Mandela, que após 27 anos prisioneiro, é libertado da prisão  de Victor Verster e elege-se presidente da África do Sul. 

Ao chegar em seu gabinete, percebe funcionários brancos movimentando-se para irem embora, acreditando que seriam demitidos. Assim, seu primeiro ato foi reunir-se com eles e pedir que ficassem e lutassem com ele pelo país, surpreendendo a todos.

Uma equipe de agentes brancos se apresenta ao chefe da segurança pessoal de Mandela que reage muito mal. Ao pedir explicações a Mandela, esse os mantêm, unindo as duas raças em sua equipe de trabalho.


Mandela quer transformar seu país racista e economicamente dividido num país igualitário. Ele crê que o esporte pode ser uma solução para unir toda a população e aproveita a proximidade da Copa do Mundo de Rugby que irá acontecer pela primeira vez no país, para por seu plano em ação.

Seu desejo é unir negros e brancos por um mesmo ideal, incentivando o time Springboks  a conquistar a Copa do Mundo e a unir e inspirar a nação.  

Vencer o jogo parecia impossível, pois de um lado estava a parte negra da população, querendo o fim da equipe que viam como uma representação do Apartheid. No outro, a parte branca que rejeitava o time que colecionava derrotas.

Mandela convida  François Pienaar (Matt Damon),  o  capitão da equipe do time Springboks de rugby, para uma reunião, visando motivá-lo a crer e a lutar pela vitória da sua equipe. E assim aconteceu. A equipe resgatou a sua auto-estima, venceu os jogos e sagrou-se campeã da copa. O plano de Mandela deu certo, na África do Sul, negros e brancos comemoraram juntos numa demonstração clara de que a cor não faz diferença e não pode separar os homens.

E para completar sua missão Mandela deu ao capitão do time uma cópia do poema vitoriano "Invictus" da autoria do poeta inglês William Ernest Henley (1849–1903). Ele fora escrito em 1875 e publicado em 1888. Era o quarto de uma série de poemas intitulados Life and Death (Echoes) do livro Book of Verses de Henley. Originalmente não possuia título, suas primeiras edições continham apenas uma dedicatória (To R. T. H. B.), uma referência a Robert Thomas Hamilton Bruce (1846–1899), um escocês (mercador de farinha e padeiro de sucesso, mecenas literário).

E assim o Apartheid tornou-se um passado, Mandela o arquiteto dessa transformação e união das raças, e o time Springboks, uma nova realidade de sucesso. E os dois últimos versos do poema resumem a história de sucesso do filme que foi baseado numa história real.


Assistam o filme, é muito legal. 

Invictus (poem)
(William Ernest Henley)


Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

Tradução

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

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