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terça-feira, 12 de março de 2013

10 mitos sobre a cultura grega

Odete Soares Rangel

Natasha deu-nos um grande presente nesta semana. Seu artigo sobre os 10 mitos sobre a cultura grega vem elucidar alguns mitos ou equívocos sobre essa importante cultura. O assunto é tão fascinante que vale a pena buscar mais informações a respeito.  Assim sugiro a leitura dos links :





Obrigada Natasha por essas valiosas informações acerca da cultura grega!

"10 mitos sobre a cultura grega

A época em que a civilização grega antiga floresceu continua a ser uma parte incrivelmente reverenciada da história: eles são conhecidos por lançar as bases para muito do nosso conhecimento moderno de medicina, matemática, filosofia, política, etc. É compreensível, então, que uma cultura tão conhecida também seja cercada de muitos mitos populares, que ou são meias-verdades mal interpretadas, ou são completamente falsos. Veja 10 dos equívocos mais comuns que as pessoas fazem em relação à cultura grega:

10. Guerra de Tróia

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A guerra dos gregos com os troianos é uma das histórias mais famosas do mundo, e a expressão “Cavalo de Tróia” ficou conhecida por significar um ataque furtivo disfarçado como um presente. A lenda de Aquiles também decorre desta guerra, e levou a expressão “calcanhar de Aquiles” (apontando uma fraqueza), mas a verdade é que não há razão para acreditarmos que a Guerra de Tróia aconteceu. Historiadores encontraram vestígios do que eles acreditam que poderia ter sido uma vez Tróia, e de que a cidade poderia ter sido atacada e saqueada em algum momento, mas não há nenhuma evidência para apoiar toda a mitologia popular em relação à história. Tudo o que os cientistas podem dizer com certeza é que pode ter havido um cerco em uma cidade de Tróia.

9. Batalha de Termópilas

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A Batalha de Termópilas se tornou popular através de filmes como “300”, mas, historicamente, o roteiro da filmagem não é preciso. Muitas pessoas acreditam que os espartanos que defendiam a passagem salvaram a Grécia, mas isso não é exatamente verdade. Mesmo que os homens de Xerxes tenham sido um pouco atrasados por tal batalha, ainda conseguiram fazer um grande estrago no país, e só se retiraram depois de uma batalha naval falha. Além disso, o filme retrata apenas 300 espartanos lutando contra todo o exército persa, o que não é verdade. Quando a batalha começou, a força de Esparta tinha sete mil pessoas para apoiá-la. No último dia da batalha, eles ainda eram 1.400: apenas 300 eram espartanos, mas também havia 400 tebanos, 700 tespianos e 80 micênicos. Isso não quer dizer que os espartanos não mostraram bravura, apenas que seu significado foi muito distorcido.

8. Vida militar

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A ideia moderna de um soldado espartano faz parecer que eles não faziam absolutamente nada além de se habilitar para lutar e matar pessoas. Alguns acham que os jovens guerreiros espartanos gastavam todo o seu tempo treinando, sem participar de outras atividades ou ter contato com mulheres. Não é verdade. Espartanos, no exercício de sua formação militar, ainda passavam muito tempo em atividades em torno de meninas da sua idade. Além de lutar e treinar, eles também cantavam, dançavam e atuavam em peças de teatro. Quando ficavam muito velhos para lutar, passavam a educar espartanos mais jovens.

7. Mulheres espartanas

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Muitas pessoas pensam que as mulheres do mundo antigo eram subservientes aos homens, mas em nenhum lugar isso é menos verdadeiro do que em Esparta. Mulheres espartanas tinham de fazer praticamente tudo enquanto os homens estavam em guerra, e eram incrivelmente respeitadas e poderosas na sociedade espartana. Aristóteles até escreveu ironicamente no que diz respeito ao alto lugar que as mulheres tinham na sociedade espartana, e sua capacidade de possuir terras. Mulheres espartanas deviam educar suas crianças, eram encorajadas a serem intelectuais, a aprender sobre as artes e eram donas de uma parcela muito grande de terras em Esparta. Diz a lenda que uma mulher ateniense perguntou uma vez a uma rainha de Esparta por que as mulheres espartanas eram as únicas mulheres que podiam governar os homens. A rainha de Esparta respondeu: “Porque somos as únicas mulheres que dão à luz a homens”.

6. Homossexualidade

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Os gregos, especialmente os atenienses, ficaram conhecidos por serem “amantes de meninos”, ou pelo menos é o que muitos parecem pensar. Tornou-se uma coisa comum equiparar pedofilia com os homens da Atenas antiga. Mas a questão é bem mais complicada do que parece, certamente muito menos simples do que dizer se relacionamento entre homens e meninos existiram ou não naquela civilização. Alguns acreditam que os indícios de pederastia – a relação entre um homem experiente e um jovem – podem ter sido mais relações do tipo mentor intelectual, na qual o homem mais velho ajudava o jovem a encontrar o seu lugar na sociedade.

5. Teatro grego

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Muitos têm ideias erradas sobre o teatro grego antigo, que muitas vezes entretinha grandes grupos de pessoas, geralmente durante festivais importantes. As pessoas geralmente não entendem o que esses dramas antigos realmente significavam. A verdade é que as produções de teatro na Grécia Antiga eram muito simbólicas. Para entender uma peça, você tinha que ter algum conhecimento do significado simbólico e mítico fundo subjacente a quase todas as partes do diálogo. As peças incluíam participação do público, de forma muito parecida com os stand-up comedys modernos, e eram originalmente parte de ritos religiosos em honra aos deuses.

4. Jogos Olímpicos

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Os Jogos Olímpicos antigos eram tão populares que são realizados até hoje (de forma bem diferente, deve-se dizer) ao redor do mundo. Mas há algumas crenças comuns sobre esses jogos que são imprecisas. Para começar, muitas pessoas pensam que eles existiram apenas em tempos muito antigos, mas eles ainda eram jogados mesmo durante o domínio romano, até que Teodósio acabou com as competições em um esforço para assegurar o triunfo do cristianismo como a religião do Império Romano. Além disso, as mulheres não eram autorizadas nem a assistir os Jogos Olímpicos antigos. Isso porque os olímpicos competiam normalmente completamente nus, e se cobriam de azeite para melhorar a qualidade de sua pele e tornarem-se mais atraentes.

3. Estátuas gregas

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Muitas das estátuas gregas antigas foram tomadas da Grécia e colocadas no Museu Britânico nos anos 1800. Além disso, várias das restantes foram danificadas ou por violência ou por desgaste do tempo, tornando-as difíceis de reconhecer. A concepção comum das estátuas gregas e sua arquitetura, no entanto, leva a crer que elas não eram pintadas, e que ficavam em praças cívicas piscando como mármore branco. No entanto, as estátuas e templos só parecem brancos porque sua pintura desbotou ao longo do tempo. Originalmente, eram incrivelmente brilhantes e vibrantes. Muitas dessas estátuas também tinham anexos de bronze e pedra preta para fazer os olhos se destacarem mais.

2. Tecnologia

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Embora saibamos que os gregos antigos eram hábeis em arte, matemática, filosofia e muitas outras atividades, vários ainda não sabem o quão avançados tecnologicamente eles eram. No início de 1900, um mergulhador explorando a ilha de Antikthyera encontrou vários pedaços de pedra que tinham sido partes de um dispositivo mecânico. Os cientistas estudaram o aparelho, que batizaram de “Máquina de Anticítera“, e descobriram que era capaz de prever eclipses solares e manter o controle de ciclos de calendários. O dispositivo parece ter tido botões complicados e ter sido mantido em sincronia com a lua e o sol, tornando-se uma espécie de “primeiro computador” do mundo. Descobertas recentes sugerem que pode ter sido construído por Arquimedes, conhecido por ser um gênio matemático.

1. Democracia

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Muitas pessoas têm a noção errada de que os gregos inventaram a democracia moderna – entretanto, a democracia ateniense era muito diferente de qualquer instituição democrática de hoje. Na verdade, ela foi um dos poucos exemplos de democracia direta na história, em que quase todas as questões de política eram votadas (em teoria, pelo menos) por todos os cidadãos atenienses. No entanto, a cidadania excluía mulheres, escravos e cidadãos nascidos no exterior, todos inelegíveis para a votação. Muitos entre os pobres também eram incapazes de se afastar do trabalho o tempo necessário para se envolver na política. Isso efetivamente significa que apenas adultos livres e relativamente bem de vida do sexo masculino nascidos em Atenas participavam da cena política, o que não é exatamente representante dos interesses da população inteira. A democracia ateniense teve seus pontos positivos, porém, especialmente quando você considera os sistemas políticos tiranos que existiam em outras partes da Grécia na mesma época. Foi uma inovação política importante, em que não era preciso ser particularmente rico ou aristocrático para participar da tomada de decisão.[Listverse]"

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