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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Poesia com Paulo Berri

Odete Soares Rangel


Recebi de um amigo e estou dividindo com você que gosta de poesia. É uma forma de divulgar o trabalho de Paulo Berri. 



Natural(mente)

Em gestos Simples  -  Naturais
Aproximo-me de mim mesmo

Mas se quero convencer
Impressionar a alguém
Afasto-me de mim
Não sou ninguém
Nem sei pra onde vou
Só sei. . .
Que aqui não estou
Porque este (ou aquele)
Não sou eu
Sou alguém
Que um dia se perdeu

Num abandono voluntário

De mim mesmo
E sigo vagando a esmo
Não me reconheço no espelho
Por ter desprezado o conselho:
SEJA VOCÊ MESMO!
Mas. . . se volto-me à essência
Regada pela velha paciência

Retorno ao lar
No caminho que me leva ao céu
E não pago aluguel
Porque aqui é meu lugar!!!
                                                                                    
                                    Paulo Berri


PEQUENO  REFLEXO

Vós que sois o Original
E nos reflexos esvais

Vós que sois o Mar
E a pequena gota vacilante

Vós que sois o Verbo
E a trêmula voz na garganta da criança

Vós que sois o Sol
E a diminuta faísca que tremula

Vós que sois o Vento
E a brisa sorrateira e insipiente

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Vós que sois o Céu e a Terra
. . . o quadrado e a esfera

         que sois o criador e a Fera
. . . o que será e o que já era

         que sois a Caça e o Caçador
. . . o medo e o consolador

         que sois o Anzol e a Isca
. . . o olhar e a vista

         que sois o Espelho e seu Reflexo
. . . o mistério e seu nexo
                                                                                    
                 _____________ >>> ● <<< _____________

Vós que sois a VOZ  -  VOZ que sois Vós
Dá-me um simples versículo
E tal qual Arquimedes*
                                      . . . moverei o mundo! ! !
                                                                                                                      Paulo Berri
* Alusão à frase do matemático grego Arquimedes:  "Dêem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo".
# Poema selecionado no concurso SINERGIA

UM SIMPLES E ETERNO VAGAR  ar  ar  arar 
                                       
As minhas Verdades
Podem não ser as suas
São palavras que vagam
Soltas, nuas, pelas ruas

As minhas Mentiras, Sim
Ecoam pelo salão
Provam que fugi da escola
E perdi a lição

Os meus Desejos
Abrem caminho. . .
Me fazem viajar pelo mundo
E Depois. . .  voltar pro ninho

E as minhas Dúvidas? ? ?
Aquelas, as quais cultivo
Mostram o que eu sou
E que estou Vivo! ! !

         Pois sou um ponto de interrogação
            Como se numa embarcação
            A vagar pelos Mares da vida
            Que se movem continuamente  nte ent  ent ent
                                                                 nte   nte    nte

* Poema selecionado e publicado no 2.º Concurso do Servidor Público/SC.

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