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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abandono, a doença que gera violência

Odete Soares Rangel

Não é de hoje que sabemos que a camada mais pobre da população sofre, barbaramente, todo o tipo de privação, preconceito e abandono. Rosicleide é uma dessas pessoas abandonadas pela sociedade desigualitária. Lembremos que Proudhon propunha a construção de uma sociedade livre e absolutamente igualitária. Se assim fosse, talvez pudesse ter sido  evitado o que divulgou a RBS no dia de ontem de que Rosecleide teria destruído muitos bens da agência do INSS em Palhoça, porque teve um benefício negado. Obviamente que não concordo com a forma de reivindicar dela, mas o abandono e o descaso a que  estão submetidos os mais pobres me faz compreender a sua atitude. Se verídicas as informações e imagens divulgadas pela RBS, assim como a fala da Sra. Rosecleide de que a pessoa sequer olhou para ela enquanto a atendeu, o fato é lamentável. Não seria como dizer tu és um nada, não merece minha atenção! Parece que a fúria dela deu-se, não pela negativa, mas pelo desrespeito. Talvez um pouco de afetividade ou uma palavra de conforto a tivesse tranquilizado! Quem sabe agora, cônscios do que poderá advir da sua atuação, os colaboradores daquela instituição sejam mais profissionais no tratamento aos segurados e possa haver um diálogo entre ambos, sem que seja incitada a violência. Colaborador do INSS use de empatia, aí você saberá o que é sentir-se injustiçado, maltratado, anulado, abandonado!

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